terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Mulher de Márcio Garcia dá à luz em casa...

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Sem anestesia. Andréa Santa Rosa já está bem após ter dado à luz Felipe, na manhã de ontem, na residência do casal, no Rio de Janeiro. De acordo com a enfermeira obstetra Heloisa Lessa, responsável pelo nascimento do terceiro filho do ator, o parto domiciliar, sem anestesia, é doloroso, mas proporciona um prazer enorme à mãe e ao bebê e, inclusive, diminui a ocorrência de depressão pós-parto. "Há dor, mas, ao final, a mulher tem a sensação que extrapolou os seus limites, é uma viagem", declarou a parteira em entrevista exclusiva ao Portal CARAS. Ela já realizou mais de 200 partos fisiológicos ou naturais, ou seja, sem o uso de anestesias ou fórceps. Há quase duas décadas atuando nas casas das gestantes, Heloisa conclui que o método está virando uma tendência. "Até o ano 2000, fazia três partos por ano. Agora, são 35 a cada 12 meses em média".

-Foi a primeira vez que Andréa deu à luz em casa?
-Sim. A primeira vez, no nascimento de Pedro, foi cesariana. Na segunda, quando Nina nasceu, ela fez um parto normal no hospital e com anestesia. A Andréa é do tipo de mulher que não gosta de tomar remédios. Então, optou pelo parto fisiológico, em casa.

-E como a mulher se prepara para esse tipo de parto?
-Ela tem que se convencer de que é capaz de dar à luz sem anestesia, como deve ser. Mais de 85% das mulheres são capazes, as outras têm mesmo que procurar o hospital. Não há ritual, nem preparação. Há um pré-natal bem feito, para se ter informações sobre a saúde de mãe e filho. Se não corresse tudo bem com a Andréa, por exemplo, nós iríamos para um hospital. Tenho uma equipe de plantão para qualquer emergência.

-Como é o nascimento?
-No caso do Felipe, a Andréa começou a sentir contrações às 21h e ele só nasceu às 6h30. No intervalo entre as contrações, a mulher descansa. Quando vem aquele pico de dor, eu faço massagem, seguro a mão e converso com a parturiente. Tudo para acalmá-la e não prejudicar o momento.

-O que acontece com o corpo da mulher ao ser adotado esse tipo de procedimento?
-Há muita liberação de hormônio. Ao contrário do parto no hospital, que estressa a mulher por causa da preparação, dos médicos e do ambiente, o parto em casa é perfeito para a mulher relaxar e curtir o momento. O organismo libera oxitocina, responsável pelas contrações, e endorfina, que, como a cocaína, proporciona um prazer enorme. É uma verdadeira viagem. Tem que passar por isso para entender.

-E a dor?
-É grande. Não vou dizer que a mulher não sente nada. Há dor, mas, ao final, a mulher tem a sensação que extrapolou os seus limites. Toda mulher, na hora, fala: 'Eu não agüento mais'. A Andréa chegou a dizer que queria desistir. Aí, eu liguei para o hospital e disse que estávamos indo. Quando desliguei o telefone ela disse: 'Já cheguei até aqui. Vamos continuar'. E o bebê nasceu. Como era de madrugada, o Márcio estava dormindo e acordou quando a cabecinha do bebê já estava aparecendo. Foi uma experiência incrível para pai, mãe e bebê.

-Como é após o nascimento?
-O bebê nasce e logo vai mamar no peito. Isso aproxima a criança e mulher. Por isso, não há depressão pós-parto depois desse procedimento. A satisfação da mulher é enorme. Peço que a mãe fique em casa, em repouso, por uma semana, acompanhando cada novidade do filho. Depois, tudo volta ao normal.

-A senhora tem filhos?
-Tenho três. Minha história é muito parecida com a da Andréa. Na primeira gravidez, não estava muito ambientada com a idéia do parto natural, meu bebê estava sentando, então, fiz cesárea. Mas, já no segundo, quis fazer parto normal. Foi de cócoras, com as luzes apagadas. No terceiro, foi em casa. Minha neta, Julia, de 2 anos, também nasceu assim. Foi uma das experiências mais marcantes da minha vida. Foi lindo.

Fonte: terra

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